13 Abril, Quinta-feira , 17h00
Da vida dos vegetais. Uma história da natureza-morta
com Pedro Miguel Ferrão
(repete 16 de Abril, Domingo 11h00)
Considerado um género menor pela academia de pintura do séc. XVII – curiosamente na mesma época em que alcança o seu maior esplendor –, a natureza-morta atingiu, por vezes, uma dimensão complexa e multifacetada. Este género de pintura aborda temas muito diversificados, elegendo objetos produzidos pelo engenho humano, combinados ou não com modelos inanimados do mundo animal, mineral e vegetal – destacando-se deste último grupo os motivos que reproduzem flores, frutos e produtos hortícolas.
Esta comunicação foi pensada em articulação com a exposição de fotografia de Bárbara Marques.
MUSEU NACIONAL DE MACHADO DE CASTRO
Entrada livre sujeita à lotação da sala
Inscrição prévia para se@mnmc.dgpc.pt, ou pelo telefone 239 853 070
Num jogo que, ora ilude a realidade, ora explicita a aparência dos objectos ou que, pelo contrário, procura ocultar subtilmente o significado de símbolos e alegorias nem sempre fáceis de descodificar, a natureza-morta – cuja definição varia entre “modelo inanimado” ou “natureza imóvel” – transmite um sentido estético próprio no campo artístico, ao mesmo tempo que contribuiu como documento para a compreensão de importantes transformações na História da Humanidade.
Considerado um género menor pela academia de pintura do séc. XVII – curiosamente na mesma época em que alcança o seu maior esplendor –, a natureza-morta atingiu, por vezes, uma dimensão complexa e multifacetada. Este género de pintura aborda temas muito diversificados, elegendo objectos produzidos pelo engenho humano, combinados ou não com modelos inanimados do mundo animal, mineral e vegetal – destacando-se deste último grupo os motivos que reproduzem flores, frutos e produtos hortícolas.
Pedro Miguel Ferrão nasceu em Coimbra em 1965. Concluiu a licenciatura em História – variante de História da Arte, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Foi membro do Secretariado do Núcleo Português da Exposição Feitorias. Arte Portuguesa na Época dos Descobrimentos, Europália/91. Entre 1991-1993 colaborou no semanário Jornal de Coimbra. Foi professor em escolas e cursos técnico-profissionais, leccionando cadeiras nas áreas da História da Arte, Património Cultural e Museologia. Professor convidado em 2002 do curso de História da Arte, da Universidade do Tempo Livre – Associação Nacional de Apoio ao Idoso (ANAI).
De 1991 a 1999 fez parte da Equipa Nacional do Inventário do Património Cultural Móvel, colaborando no estudo das colecções de ourivesaria e têxteis do Museu Nacional de Machado de Castro (MNMC), dos acervos patrimoniais dos Arciprestados de Anadia e de Vila Nova de Foz Côa, e ainda do Governo Civil do Distrito de Coimbra. Desde 1999 é Técnico Superior de Museologia do quadro de pessoal do MNMC, sendo co-responsável pelas colecções de ourivesaria, metais, têxteis e escultura. Apresentou diversas comunicações e publicou vários livros e artigos em revistas e catálogos, dos quais salientamos:
“A construção da Casa da Livraria das Universidade de Coimbra”, 1993; “Misericórdia de Coimbra – Devoção e Arte”, 2000; Ourivesaria Medieval. Séculos XII a XV. A Colecção do Museu Nacional de Machado de Castro, 2004; “Colecção de Escultura”, Museu da Guarda. Roteiro, 2004; “Coimbra Medieval e a Arte da Ourivesaria”, 2004; Museu Nacional de Machado de Castro. Roteiro, 2005; Normas de Inventário. Arte. Ourivesaria, 2011; Manuel Jardim – Memórias de um percurso inacabado. 1884-1923, 2013; Diálogos em pedra – da matéria-prima à obra de arte. Séculos XII-XVIII, 2013; “O clero secular e a ourivesaria da Sé de Coimbra entre os séculos XIV-XVI”, 2014.