ABRIL NO FEMININO 4ª EDIÇÃO 2025 | VENHA MAIS UMA EDIÇÃO, A 5ª, EM 2027!
Resumir um mês de intensa actividade, com um programa que convocou a música, o teatro, o cinema, as artes plásticas, a fotografia, promovendo exposições, realizando espectáculos e concertos, apresentando livros, organizando conversas, não é tarefa fácil. Dezassete propostas culturais ocuparam a cidade ao longo de Abril: da rua à escola, passando ainda por diferentes e emblemáticos equipamentos da cidade: Convento São Francisco, Edifício Chiado, Biblioteca Geral da Universidade, Seminário Maior e Teatro Académico de Gil Vicente.
ABRIL NO FEMININO 4ª EDIÇÃO 2025 | EM IMAGENS
Abril no Feminino 4ª Edição 2025 - Retrospectiva em vídeo
ABRIL NO FEMININO 4ª EDIÇÃO 2025 – OS CONCERTOS
A manhã de sábado, 5 de Abril, foi vivida intensamente na Baixa de Coimbra com três momentos distintos (exposição de fotografia, apresentação de livro e concerto) que assinalaram os 10 anos da classificação do Cante Alentejano como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO. A música fez-se ouvir pelas vozes do Grupo Coral Feminino As Ceifeiras de Pias, o qual se dedica à divulgação do cante tradicional alentejano, dos seus trajes e costumes, tendo editado em 2016 o seu primeiro CD, em formato de livro, intitulado “Cante no Feminino”.
ABRIL NO FEMININO – 4ª EDIÇÃO 2025 | OS LIVROS
No Dia Mundial do Livro, 23 de Abril, foi apresentada a obra «As Revolucionárias. Doze Mulheres Portuguesas Desobedientes», de Maria João Lopo de Carvalho, na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Com a presença da autora e moderação de João Gobern, perante uma audiência que encheu a Sala São Pedro, ficámos a conhecer com maior rigor e detalhe a história de vida das mulheres retratadas neste livro. A sessão prendeu a atenção de todos, pela forma viva e dinâmica como a mesma foi conduzida, pelas intervenções da autora que acrescentaram conhecimento e profundidade ao tema, pela participação activa do público.
ABRIL NO FEMININO – 4ª EDIÇÃO 2025 | CINEMA E TEATRO
O Teatro Académico de Gil Vicente acolheu ao longo do mês de Abril, um ciclo de cinema [terças-feiras,18h30] com uma selecção de quatro filmes em estreita articulação com o restante programa de ABRIL NO FEMININO. Na primeira quinzena, dois títulos que recordaram Maria Helena Vieira da Silva e Paula Rego, artistas presentes na exposição de arte contemporânea O Vaguear do Olhar: «Vieirarpad», de João Mário Grilo e «Paula Rego: Histórias & Segredos», de Nick Willing.
ABRIL NO FEMININO – 4 ª EDIÇÃO 2025 | AS CONVERSAS
«Isabel de Aragão, Rainha de Portugal: mulher e cidadã» foi o tema da primeira conversa programada, no ano em que se assinalam os 700 anos da peregrinação da Rainha Santa Isabel a Santiago de Compostela. Com Maria José Azevedo Santos e António Rebelo, moderação de Carlota Simões, conhecemos com mais detalhe a mulher e cidadã, o seu papel político e o seu relevante exercício diplomático, o seu lado de empreendedora social, cuidadora dos mais frágeis e dos desprotegidos.
ABRIL NO FEMININO – 4ª edição 2025 | AS EXPOSIÇÕES
Mais de seis dezenas de pessoas estiveram presentes na abertura da 4ª edição de ABRIL NO FEMININO, com a inauguração da exposição de arte contemporânea “O Vaguear do Olhar”, no Museu Municipal de Coimbra – Edifício Chiado. Com curadoria de Ana Antunes, é proposto um diálogo ou cruzamento de obras da Colecção *AA Contemporary Art Collection* e colecções do Município de Coimbra e do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (CACC), com natural destaque para a presença das mulheres na arte.
Elas e Eles Fizeram o Abril no Feminino 2023
Os vegetais revelaram a sua beleza nas poderosas imagens da fotógrafa Bárbara Marques. Aprendemos mais sobre naturezas-mortas escutando o historiador de arte Pedro Miguel Ferrão, apreciando trabalhos artísticos verdadeiramente espantosos sobre a temática eleita, ou por ela inspirados, assinados por grandes mestres da pintura. Olga Cavaleiro falou-nos da couve enquanto elemento de aconchego e colo, na longa aventura alimentar das comunidades, partilhando com o público saberes e tradições. Prosseguimos com mais desafios e propostas: lugar à Palavra, ao Poema, ao Pensamento.
“Coragem Hoje, Abraços Amanhã”
O espectáculo “Coragem Hoje, Abraços Amanhã” teve a sua estreia em Coimbra, na semana em que celebrámos mais um aniversário do 25 de Abril. O público teve o privilégio de assistir a um trabalho extraordinariamente exigente, rigoroso e sério, protagonizado de forma segura e particularmente brilhante pela actriz Joana Brandão. O texto dito ao longo da peça é a reprodução exacta de testemunhos reais, cartas e depoimentos de mulheres que estiveram presas e foram torturadas pela PIDE durante o período do Estado Novo.
NATÁLIA, MULHER CORAGEM
Helena Faria e Teresa Faria conduziram o recital dedicado a Natália Correia com brilho, emoção, rigor e competência. “Dar voz a Alguém que marcou um país pela sua personalidade e verticalidade em todos os campos da pessoa, é de uma responsabilidade e um desafio enormes” sublinham as actrizes. Para o seu trabalho foi fundamental conhecer a autora, ler biografias, testemunhos e ver a sua obra áudio-videográfica. Chegou-se a um guião final variado, consistente e coerente com a poeta.
AS PENÉLOPES
Um livro e uma instalação. Para o primeiro foram desafiadas doze autoras a escrever a partir da figura da Penélope e do património da comunidade piscatória da Póvoa de Varzim, para fazer uma homenagem ao Feminino. Já a instalação contemporânea faz dialogar a Literatura com a arte do Bordado, nela figurando camisolas poveiras que interpretam as várias histórias publicadas no livro. Este é um projecto colaborativo do Bairro dos Livros, em articulação com a Câmara Municipal da Póvoa do Varzim e o Festival Correntes d’Escritas.
Da terra para a mesa
Começámos a programação com uma pergunta curiosa: Uma couve acaso tem beleza? As fotografias de Bárbara Marques são uma resposta clara e não deixam margem para dúvidas, revelando o “admirável mundo novo dos vegetais”. Fazendo uso de uma composição fotográfica cuidada e criativa, os produtos hortícolas ganham vida e uma dignidade que o jogo de luz enaltece. Couve, alface, batatas, alho, espinafres, meloa, abóbora, maçãs, cogumelos, romã, são protagonistas de imagens cénicas, delicadas e poderosas, que interpelam o nosso olhar, exibindo as suas cores e formas singulares, quase sempre por nós ignoradas na voragem do quotidiano.
MARIA LAMAS e "As Mulheres do Meu País"
Maria Lamas é uma personalidade incontornável do activismo político em Portugal. Setenta e muitos anos depois da publicação de “As Mulheres do Meu País”, conversámos com a escritora e jornalista Susana Moreira Marques, num diálogo conduzido de forma segura e competente por João Gobern, a propósito do seu novo livro, “Lenços Pretos, Chapéus de Palha e Brincos de Ouro”. Um relato de viagem que tem como guia o livro de Maria Lamas.
Abril no Feminino 2021
Chega ao fim a 2ª edição de “Abril no Feminino”. Uma prova de resiliência, prolongada espera e adiamentos sucessivos. Confinados em Abril de 2020, aguardámos por 2021. Chegados aqui, Abril foi de novo uma impossibilidade. Mas Maio abriu a Esperança. De 8 a 29 levámos finalmente por diante “Abril no Feminino” a distintos espaços da cidade de Coimbra, com o fundamental apoio de mecenas, empresas e parceiros media. Em “Notícias” (abrilnofeminino.
Jantar Tributo a Maria de Lourdes Modesto
Fechámos com “Garfo d’Ouro” o programa da 2ª edição de “Abril no Feminino”, com a organização de um Jantar Tributo a Maria de Lourdes Modesto, figura incontornável da nossa gastronomia. Entre as várias obras publicadas de que é autora, destaque para o magnífico livro “Cozinha Tradicional Portuguesa”, com primeira edição em 1982, base inspiradora da ementa servida no Hotel Quinta das Lágrimas, com a assinatura criativa do Chef Vitor Dias, proporcionando uma viagem de sabores que começou no Minho, seguiu depois para o Alentejo e terminou na Beira Litoral.
Women under the influence
“Women under the influence” foi o mote inspirador para o magnífico recital que Ana Quintans e Filipe Raposo nos brindaram num final de tarde perfeito. Estreado em Setembro de 2019 no Festival de Sintra, foi a vez da sua apresentação em Coimbra, na acolhedora sala São Tomás, Seminário Maior de Coimbra. Canções renascentistas cruzaram-se com outras mais contemporâneas, com arranjos do compositor-pianista Filipe Raposo. A soprano Ana Quintans, celebrada internacionalmente pelo seu trabalho no repertório barroco e mozartiano, ofereceu-nos um programa inesperado e insólito, conjugando estilos e épocas, numa viagem pelo mundo íntimo do songbook feminino.
Ruas da Minha Cidade: Tricanas e Canções
Não esquecemos a rua. Para tanto contámos com a colaboração de Alice Luxo, das “Casas Contadas” para um roteiro na cidade, com partida do Quebra Costas e fim de passeio na Praça Velha, junto à Igreja de S.Tiago. No caminho percorrido, ouviram-se histórias do passado, mas também testemunhos do presente. A uni-los, exemplos de mulheres que se distinguiram e marcaram o seu tempo, a par de outras que hoje assumem a sua natureza empreendedora.
Ruralidades
Abrimos a 2ª edição de “Abril no Feminino” com uma exposição muito singular, intitulada “Ruralidades”, com foco nas mulheres. Apenas munido de uma câmara, de uma lente e luz natural, Jorge Bacelar capta de forma magnífica o mundo rural. Distribuídas por três salas do Museu Nacional de Machado de Castro, cerca de três dezenas de fotografias, captadas em diferentes localidades, tais como Murtosa, Estarreja, Figueira de Castelo Rodrigo, Idanha-a-Nova, Miranda do Douro, Albergaria-a-Velha, interpelam o nosso olhar.
CICLO CONVERSAS
“BIOGRAFIAS”
Três mulheres, Sophia, Agustina e Amália, figuras maiores do Portugal contemporâneo, inspiraram outras tantas biografias, escritas exemplarmente por Isabel Nery, Isabel Rio Novo e Miguel Carvalho, respectivamente. Obras que traduzem uma aprofundada pesquisa e um exaustivo trabalho de investigação, alimentando-se de bibliotecas e arquivos, entrevistas, documentários, espólios, imagens, cartas, registos oficiais, viagens, testemunhos, consultas e espólios. Pretexto afinal para cativantes, saborosas e elucidativas conversas com os autores, conduzidas sabiamente pelos moderadores convidados, João Gobern, João Rasteiro e Manuel Rocha.
CICLO DE CINEMA
Nadine Labaki
Nadine Labaki foi a nossa escolha para o ciclo de cinema de “Abril no Feminino” que decorreu no Seminário Maior de Coimbra. Apresentámos os três filmes por si realizados, nos quais também é actriz. Os dois primeiros centrados em mulheres: de 2007, Caramelo, acerca das vidas cruzadas de cinco libanesas, e, de 2011, E Agora, Onde Vamos?, sobre mulheres cristãs e muçulmanas que se juntam para atenuar as tensões na sua aldeia.
2020 com “Abril no Feminino”…
Não é uma promessa, mas um forte desejo alimentado pelo balanço muito positivo com a realização da primeira edição em 2019 de “Abril no Feminino”. Uma ideia que virou projecto, o qual reuniu dezenas de participantes, colaborações várias e um público interessado, transversal e com regular afluência aos diferentes eventos. Dar visibilidade e protagonismo às Mulheres, evidenciando o seu poder criativo, o seu olhar, o seu pensamento, numa discussão e partilha alargadas, para a qual todos fomos convocados, Homens e Mulheres, foi o nosso propósito.
Cartas a uma Ditadura
Nesta terça-feira, 23 de Abril, 60 minutos bastaram para recordar um país triste e sombrio. “Cartas a uma Ditadura”, filme documentário de Inês de Medeiros, parte da condição da mulher nas décadas de 50 e 60 do século passado, cujos direitos de cidadania mais elementares simplesmente eram negados. Tempos de miséria, desigualdade e obscurantismo. No final da sessão, a prometida e estimulante conversa com os historiadores Irene Flunser Pimentel e Rui Bebiano.
Ciclo de Cinema “Como Elas Cantam”!
Abrimos com Janis Joplin, e a exibição de “Janis: Little Girl Blue,” de Amy Berg. Francisco Amaral, personalidade incontornável da rádio portuguesa e a quem estão associados alguns dos melhores programas de autor, foi nosso convidado para falar sobre Janis e comentar o filme anunciado. Escutámos uma leitura pessoal e atenta sobre o percurso de vida de uma mulher singular, cuja vida breve e tumultuosa ditou o fim de uma carreira artística que marcou uma geração.
Domingo 14 de Abril, dose dupla!
Foram muitos aqueles que se deslocaram ao Museu Nacional de Machado de Castro para seguir a visita orientada por Carlos Santos, Pedro Ferrão e Virgínia Gomes. Três peças escolhidas, para conhecer em detalhe, apresentadas por quem sabe e estuda a matéria: Agripina-a-Antiga, Rainha Santa Isabel e Josefa d’Óbidos, “Três Mulheres Singulares”. Depois, um salto à sala do Serviço Educativo, que foi pequena para tanta gente, para assistir ao lançamento de “Coimbra”, de Catarina Sobral, editado pela Pato Lógico.
10 mulheres que marcaram a vida de Jesus
Foi pequena a sala para acolher, no magnífico espaço da Casa da Escrita, todos aqueles que quiseram assistir à terceira sessão do “Ciclo de Conversas”. O tema proposto foi brilhantemente abordado pelo convidado, Pe Nuno Santos, Reitor do Seminário Maior de Coimbra. Num tom informal e de modo claro, aprendemos sobre o lugar surpreendente que as mulheres ocupam na vida e acção de Jesus e a atenção ao feminino que o mesmo partilhava.
Para os mais novos
“MULHERES INCRÍVEIS”
Aconteceu este 30 de Abril, na Escola Básica Solum Sul, em Coimbra. Fechámos a programação de “Abril no Feminino” com o futuro diante de nós. Haverá melhor forma? Cerca de duas centenas de crianças, entre os 6 e os 10 anos de idade, assistiram e participaram de forma entusiasmada na actividade de animação para elas especialmente concebida, trabalho este realizado com criatividade e saber pela Companhia Camaleão. Quatro mulheres portuguesas extraordinárias foram o ponto de partida para uma viagem no tempo, pretexto afinal para evocar Brites de Almeida, Josefa d’Óbidos, Maria Beatriz Ângelo e Sophia de Mello Breyner.
Mulheres na Arquitectura
A feminização da arquitectura, com uma maioria de mulheres a frequentar a licenciatura e um número cada vez mais significativo de inscrições na respectiva ordem, não significa que se assista a um reconhecimento e plano de igualdade no exercício da profissão ou na carreira académica. O preconceito existe e está instalado: nas Universidades, nos ateliers ou na contratação de serviços por parte dos clientes. Há um caminho longo a fazer e uma luta a travar, que não pode esperar.
Pela mão de Judite
“Uma coisa, porém, é certa. Ela descobriu um dia, de repente, que ser máquina é bom para as máquinas e não para as criaturas de Deus. E foi dar uma volta a fim de aclarar as ideias e pensar em mudar de vida.”
“A Jovem e a Máquina de Escrever”, in “O Homem no Arame”.
12 Mulheres, 12 Vozes

Numa manhã que prometia chuva, tivemos um sol tímido por companhia, no justo tempo do percurso pelas ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz, para ver a exposição de fotografia assinada por Rita Carmo. São doze montras, de outras tantas lojas, que acolhem nomes maiores da música portuguesa. Marisa, com o Tejo a seus pés, na loja das conservas, Comur. Ana Moura, com os livros em volta, na Livraria Bertrand. Surma e os seus cabelos pintados, na Colorvita.
Cravo(s) e Outras Flores
Foi na magnífica Sala São Tomás, no Seminário Maior de Coimbra, que o numeroso público presente escutou o belíssimo concerto de música barroca, protagonizado por Cândida Matos (cravo) e Leonor Barbosa de Melo (soprano). Mostrar a diversidade do feminino celebrada na música, foi o propósito deste recital que juntou pela primeira vez as duas intérpretes. Cantar as várias vertentes da Mulher, explorando o tema do amor e interpretar obras escritas por algumas compositoras da época barroca que escreveram música de inegável qualidade e beleza, constituiu o alinhamento de um recital que deixou memória, pela qualidade, talento e competência exibidas. Que este concerto seja o primeiro de muitas parcerias futuras.
Ciclo de Conversas 4 e 5 de Abril
A Casa da Escrita encheu-se de gente para assistir às conversas programadas para a primeira semana de “ABRIL NO FEMININO”. “Mulheres e Ciência”, reuniu Eugénia Cunha, Helena Freitas e Paula Santana, num encontro sabiamente conduzido por Alexandre Quintanilha. Memórias pessoais e histórias partilhadas, num registo informal, simples e intimista. Uma sessão estimulante e enriquecedora para todos os presentes. No dia seguinte, foi a vez de “Mulheres Viajantes”, com Sónia Serrano, à conversa com Maria José Goulão.
Hoje começou "Abril no Feminino"

Foi no Dia Internacional do Livro Infantil que abrimos as portas da exposição de ilustração de Catarina Sobral. Também no dia 2 de Abril recebemos a notícia que a editora Orfeu Negro foi agraciada com o prémio de melhor editora europeia para a literatura infantil e juvenil, na prestigiada Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha, a decorrer até 4 de Abril. Alguns dos seus títulos são assinados por Catarina Sobral e as respectivas ilustrações podem ser apreciadas na exposição “Num milionésimo de segundo”, no Museu Machado de Castro. Até 28 de Abril. A entrada é livre.