14 Abril, Sexta-feira , 18h30

Lenços pretos, chapéus de palha e brincos de ouro

de Susana Moreira Marques

Lenços pretos, chapéus de palha e brincos de ouro é um livro múltiplo:

Um relato de viagem que tem como guia As mulheres do meu país, escrito no final dos anos 1940 por Maria Lamas, figura de proa do activismo político em Portugal.

Um ensaio sobre os textos que as mulheres não escreveram e as vidas que elas não viveram, e que poderiam ter mudado a visão da História.

A narrativa autobiográfica de uma escritora que tenta encontrar e desvendar a sua própria história nas histórias das mulheres anónimas que povoam o nosso imaginário. Susana Moreira Marques viaja pelas aldeias ruidosas do passado e as aldeias-museu do presente; passa por hotéis modernos aonde já chegou o progresso de ter um quarto só para si; encontra mulheres que ainda vivem no silêncio de antigamente; procura registar velhas memórias e fazer perguntas que sejam úteis hoje: começa a desenhar as mulheres do país do futuro.

Moderação de João Gobern

Seminário Maior de Coimbra
Entrada livre sujeita à lotação da sala


© Maria Lamas

Susana Moreira Marques

© Fondation Jan Michalski © Wiktoria Bosc

Autora dos livros de não-ficção literária Agora e na hora da nossa morte (traduzido para inglês, francês e espanhol) e Quanto tempo tem um dia. O seu trabalho tem sido publicado em revistas como Granta, Tin House e Literary Hub, e em meios de comunicação como Público, Antena 1, Jornal de Negócios, BBC World Service e Mensagem. Também escreve para televisão e cinema, mais recentemente para o documentário Um nome para o que sou (2022), de Marta Pessoa. Vive em Lisboa com as duas filhas.

João Gobern

Nasceu em Agosto de 1960, na clássica Maternidade Alfredo da Costa. Viveu em Campo de Ourique – a que regressaria adulto – até ao êxodo familiar rumo aos Estoris. Cresceu com vista para o mar e com espaço aberto para futebóis e coboiadas. Estudou Direito até ao momento em que os jornais falaram mais alto. Começou no jornal A Capital, mudou-se para o Se7e, assentou praça no Correio da Manhã Rádio. Retornou ao vespertino antes do desafio de O Independente. Foi director do Se7e (1991-1994), transitando para a Visão. Preparou o lançamento da Focus, onde foi director-adjunto. Dirigiu a TV Guia. Foi o director fundador da revista Sábado. Colaborou na Música & Som, em O Ponto, em O Jornal, no Semanário, na revista Bravo, no Blitz, no DNA (Diário de Notícias), no Diário Económico, na Máxima, na Vogue, no Record, no Correio da Manhã e no Diário de Notícias. Escreveu ficção para a revista do i. Escreve, sempre que pode, nas revistas Visão História e Máxima, bem como no suplemento Must (do Jornal de Negócios). Na rádio, passou também pela Rádio Marginal, pela RFM, pela Rádio Comercial, pela TSF e pela Rádio Energia. Na televisão, colaborou no Vivámúsica e em Teledependentes, escreveu guiões para programas especiais, como a emissão de despedida dos estúdios do Lumiar, sempre na RTP. Na Antena 1, realizou, em parceria com Pedro Rolo Duarte, o programa Hotel Babilónia, e assinou uma crónica diária, Pano Para Mangas (que deu origem a um livro). Actualmente, divide com Margarida Pinto Correia a responsabilidade pelo programa Encontros Imediatos e, a solo, Bairro Latino. Integra, desde a época futebolística 2012/2013, o painel de comentadores do Trio d’Ataque (RTP3). Publicou em 2016 o livro Quando A TV Parava o País, que se seguiu a Pano Para Mangas, em 2014, e Boca Doce, em 2006. Tem mais livros em carteira… e a caminho. Tenta aproveitar a qualidade de vida da Póvoa de Varzim, outra vez com vista para o mar.