Idadismo. Vamos ou Ficamos? Ficamos!

Práctica enraizada na sociedade, o idadismo é um conceito que inclui «estereótipos, preconceitos e discriminação direccionados às pessoas com base na sua idade» e pode ser «institucional, interpessoal, mas também contra si próprio», como define a gerontóloga Lia Araújo. Apesar de ser «transversal a todas as idades», sabe-se que atinge sobretudo as pessoas mais velhas, uma discriminação ainda bastante invisível. Idadismo é o mote para a conversa na presença de mulheres com percursos notáveis nas suas vidas profissionais, académicas e cuja idade pode, agora, ameaçar a continuidade do seu trabalho ou da sua acção na sociedade. Fim de ciclo e de carreira? Será que tem de ser mesmo assim? Como combater o idadismo?

Convento São Francisco
Entrada livre sujeita à lotação da sala

Cristina Robalo-Cordeiro é professora catedrática aposentada da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, de que foi Vice-Reitora de 2003 a 2011. Obteve um doutoramento de 3º Ciclo, em Poitiers, em 1980, e um doutoramento pela Universidade de Coimbra, em 1991. Consagrou o seu trabalho e investigação ao estudo da Literatura, sobretudo na área dos estudos franceses e francófonos, tendo sido coordenadora de estágios na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, de 1992 a 2002. Exerce actualmente as funções de: Cônsul Honorária de França em Coimbra, Presidente Alliance Française de Coimbra, Vice-presidente da associação europeia de estudos francófonos, Vice-presidente do RESUFF (réseau Francophone des Femmes leader dans l’enseignement supérieur), Presidente da CUM, Communauté des Universités de la Méditerranée. Exerceu igualmente as funções de Directora do Bureau Magrebe da Agência universitária da Francofonia, com sede em Rabat, Marrocos, de 2012 a 2016. É autora de 16 livros (11 ensaios, um livro de novelas e quatro romances), de 7 traduções de livros e de cerca de 200 artigos. Proferiu conferências em 19 países. Foi membro da Comissão Interministerial do Plano Nacional de Leitura e coordenadora do Plano Nacional de Leitura para a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. É membro do Conselho de Curadores da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES). É membro da Comissão de Honra da Convenção sobre o Ensino Superior Recebeu o Prix Richelieu Senghor de la Francophonie, 2008, o Prémio Literário Orlando Gonçalves (Menção Honrosa), 2011, e o Grande Prémio do Ensaio Eduardo Prado Coelho da APE, em 2022 (com o ensaio “O Véu de Maia. Relendo Almeida Faria”). É Officier de l’Ordre des Palmes Académiques, 2001, Chevalier de la Légion d’Honneur, 2014, Comendador da Ordem D. Infante Henrique, 2015, Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres, 2020. Integrou o grupo de trabalho da Candidatura da cidade de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027.

Maria Manuel Leitão Marques é licenciada em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, e doutorada e agregada em economia pela Faculdade de Economia da mesma Universidade. Actualmente, é Professora Catedrática da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigadora do Centro de Estudos Sociais desde a sua fundação. Participou e coordenou vários projetos nacionais e internacionais em Direito Económico, Direito da Concorrência e Sociologia do Direito e administração pública, em Portugal e no estrangeiro, sendo autora de vários livros e artigos publicados em diferentes línguas. É Vice-Presidente da Association Internationale de Droit Économique. Foi Secretária de Estado da Modernização Administrativa e responsável pelas áreas da simplificação administrativa e do governo eletrónico entre 2005 e 2011, tendo coordenado o Programa Simplex e Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, entre 2015 e 2019. Em 2019 foi eleita deputada ao Parlamento Europeu para a 9.ª legislatura (2019-2024). Actualmente, a sua investigação incide especialmente sobre a regulação pública da economia e sobre a inovação nos serviços públicos.

Maria do Rosário Gama, nasceu em Nisa, distrito de Portalegre, em 1949, viveu a sua infância e juventude em Viana do Alentejo e reside em Coimbra desde 1967, ano em que concluiu os estudos secundários no Liceu Nacional de Évora e ingressou na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra onde se licenciou em Biologia (Ramo Educacional) no ano de 1973. Iniciou a sua carreira, como professora, na Escola Secundária Jaime Cortesão, tendo dado aulas na Escola Secundária Domingos Sequeira, em Leiria, na Escola do Magistério Primário das Caldas da Rainha, na Escola de Educadoras de Infância de Coimbra e na Escola Secundária Infanta D. Maria. Foi Directora da Escola Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra até 31 de Março de 2011, data em que se aposentou. Fundou o Movimento Cívico APRe! – Aposentados, Pensionistas e Reformados, em 22 de Outubro de 2012, que passou a Associação em 4 de Dezembro de 2012. É Presidente da APRe!- Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados.

Teresa Mendes é Professora Emérita da Universidade de Coimbra, onde exerceu funções no Departamento de Engenharia Informática da sua Faculdade de Ciências e Tecnologia desde 1975.
Exerceu funções na Reitoria da Universidade de Coimbra, de 1990 a 1994 como Pró-Reitora e, de 1994 a 1998, como Vice-Reitora. Nesses cargos, deu início à concretização do Pólo II da Universidade, com a construção dos departamentos das diversas engenharias, bem como desenvolveu o Plano Geral das Instalações da Universidade. Em reconhecimento do trabalho desenvolvido, foi agraciada por Sua Excelência o Presidente da República com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública, em 2000. De abril de 1999 a abril de 2022 foi Presidente da Direção do Instituto Pedro Nunes e, de 2003 a 2022, da IPN-Incubadora, sua Incubadora de Empresas. O Instituto Pedro Nunes transfere conhecimento e tecnologias para empresas locais, nacionais e internacionais. Foi galardoado, ao longo dos anos, com vários prémios e distinções, dos quais se destacam a Medalha de Ouro da Cidade de Coimbra, atribuído pelo seu Município e a Medalha de Ouro concedida pela Associação Industrial Portuguesa. A sua Incubadora consta nos lugares de topo das melhores incubadoras de base universitária a nível mundial no ranking da UBI Global (University Business Incubation Index) e acolheu mais de 400 empresas de base tecnológica.
Foi membro de vários fóruns, destacando-se o Alto Conselho para o Investimento Direto Estrangeiro em Portugal, o Conselho Consultivo da COTEC, o Conselho Consultivo da Agência de Inovação, o Conselho Geral do Instituto Politécnico de Coimbra, o Conselho de Curadores da FLAD e o Conselho Económico e Social.
Já após a jubilação, foi-lhe atribuída uma medalha de Honra – grau Ouro, pelo Município de Penela, um galardão de mérito profissional pelo Rotary Club de Coimbra, o Prémio Carreira pelo Diário As Beiras e ainda o Prémio Carreira – Empreendedorismo no Feminino atribuído pelo Município de Coimbra.

Maria Flor Pedroso (Lisboa, 1964) é jornalista, licenciada em Sociologia pela UNL FCSH. Na Rádio (Comercial) desde 1984, depois Telefonia de Lisboa por ter feito parte da equipa do Contraste, também na sua versão radiofónica Alto Contraste. RFM em 1987, primeiro programa de autora F é Mistério, ao mesmo tempo que frequentava o Curso de Jornalistas da TSF, onde ficou até 1996 como repórter, editora de noticiários, entrevistadora no Grande Júri TSF, repórter parlamentar, cobertura de campanhas eleitorais e mais que houvesse. Central FM de passagem, e Antena1 até agora, como Repórter Parlamentar e Editora de Política, com 15 anos de entrevistas políticas semanais que foram Prémio SPA Melhor Programa de Informação de Televisão 2015 (RTP2), em podcast Entrevista Maria Flor Pedroso. Bolsas EUA, FLAD 1994 na Boston College of Communication e German Marchal Fund 1996. Na Televisão (RTP), pesquisou para Maria Elisa Domingues e José Eduardo Moniz em 1994, fez narração para Nos Bastidores, Portugalmente, Cinemagazine, O Mundo de Cá e Périplo, além do mais recente e, ainda no ar, Cuidado com a Língua! Questionou n’As Escolhas de Marcelo de 2006 a 2010 o actual PR e criou o Hora de Fecho de 2007-2013, na RTP N e Informação. Directora de Informação RTP entre 2018 e Janeiro de 2020. Nomeada Presidente da CO do 4º Congresso de Jornalistas, promovido pela Casa de Imprensa, Sindicato de Jornalistas e Clube de Jornalistas a que preside, por eleição, desde Outubro de 2021. Deu formação nos PALOP a convite da RTP, Jornalismo Radiofónico no ISCEM e no ISCSP. Na Antena 1, é autora de Geometria Variável e Serviço Público – Bloco de Notas desde 2020 e modera os Radicais Livres desde 2022. Todos em podcast.